Iluminação Veicular: história e novas tecnologias

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Iluminação Veicular: história e novas tecnologias

Iluminação Veicular: história e novas tecnologias

Iluminação veicular é um setor que evoluiu muito através dos tempos. Estamos aqui, para te contar essa história. Dos faróis de querosene à luz de LED.

Este material foi originalmente elaborado pelo Centro Tecnológico Arteb. O texto será trazido na íntegra para informar os clientes AutoNext.

Expositor com diversos faróis antigos no Museu da ULBRA
Coleção de faróis antigos no antigo Museu da ULBRA

A história da iluminação veicular

No início era apenas o fogo. Por milhares de anos, isto era somente uma fonte de luz para que as pessoas não ficassem na escuridão. Essa fonte luminosa foi totalmente inadequada para a idade do automóvel, que pelo aumento de sua velocidade, requeria um melhor sistema de iluminação.

Panhard 1900
Panhard 1900, com iluminação por candelabro

1890: Farol de Candelabro

Antes do advento do farol, automóveis como o Panhard 1900 usavam as lanternas de carruagem, ou seja, candelabros a vela, que não possuíam luz suficiente para permitir a circulação noturna dos veículos com segurança. Em 1905, surge o farol a querosene.

Cadillac 1906
Cadillac 1906, com iluminação por farol de acetileno

1906: Farol de Acetileno

O Cadillac 1906 foi o primeiro automóvel equipado com dois faróis a gás acetileno. Havia dois compartimentos, água e carbureto e seu acendimento era por chamas de fósforo. Em 1912 surge o primeiro farol com lâmpada elétrica e atmosfera interna de gás Argônio ou Nitrogênio. Acompanhavam um cilindro de gás acetileno comprimido e refletor de vidro espelhado.

Marmon 1928
Marmon 1928, com farol simétrico

1924: Sealed Beam, ou Farol Simétrico

O farol selado surgiu para solucionar o problema de acúmulo de poeira e umidade. Esse farol de peça única incorporava a lente, o refletor e o filamento em uma unidade hermeticamente selada e com gás inerte. O espelhamento do refletor, feito a banho de prata ou de ouro, ficava totalmente isolado do ar atmosférico.

Junto ao farol simétrico, vieram as lâmpadas elétricas com dois filamentos, e a partir de 1929, as lentes passaram a ter ópticas.

Volkswagen 1950
VW Fusca 1950, com faróis assimétricos

1957: Farol Assimétrico

O farol de facho unificado e assimétrico teve sua origem na Europa. Desde 1921 havia controle de inclinação por acionamento mecânico. Porém, o farol assimétrico mantém a metade esquerda do facho abaixo dos olhos dos demais motoristas, ao mesmo tempo que eleva o facho da metade direita, a fim de iluminar melhor o acostamento e as placas de sinalização da estrada.

Volkswagen 1600 - Zé do Caixão
VW 1600, vulgo Zé do Caixão, com Faróis Parabólicos

1969: Faróis Parabólicos

Nos faróis parabólicos, a luz proveniente de um filamento posicionado no ponto focal, é refletida paralelamente ao eixo da parábola. No caso de se utilizar uma lâmpada de duplo filamento e com defletor interno, o farol baixo aproveita somente a parte superior da parábola e o farol alto aproveita toda região da mesma.

Utiliza-se uma lente com óptica para distribuir a luz nos pontos e regiões específicas em norma, e também para obter-se uma distribuição mais homogênea da luz do conjunto.

O Simca Chambord, lançado no Brasil em 1959, tinha os faróis principais assimétricos e parabólicos. Anos mais tarde, em 1970, o farol do Volks 1600 (popularmente conhecido como “Zé do Caixão”) e a Variant, se tornariam os primeiros veículos nacionais a adotar os faróis retangulares.

Esses faróis eram constituídos de lentes retangulares, de bordas laterais curvas, e de dois refletores parabólicos: um grande, achatado, ao qual se sobrepunha outro, bipartido em dois semi refletores.

1996: Faróis com Lente de Policarbonato

Os faróis com lentes de plástico aumentaram sua segurança e resistência ao impacto. Como matéria-prima utiliza-se o policarbonato com verniz protetivo, aplicado no lado externo da lente, com alta resistência à abrasão e aos raios ultravioleta.

O farol do Mercedes-Benz M96/HPN foi o primeiro farol com lente de plástico desenvolvido pela ARTEB.

Faróis Free Form

Novas técnicas no campo da reflexão e dispersão da luz, combinadas com sofisticada tecnologia de injeção, revolucionaram o sistema de iluminação, transferindo a fotometria da lente do farol para o refletor.

Tais refletores proporcionam ao condutor um aumento de visão, além de permitir a criação de projetos variados, adaptando-se aos arrojados projetos da moderna indústria automobilística.

Os faróis Free Form são constituídos de um refletor onde a superfície refletora faz toda a distribuição da luz nos pontos e regiões de norma e também faz a distribuição da luz mais homogênea sem a necessidade de se utilizar óptica na lente.

Chevrolet Astra
O farol do Chevrolet Astra foi o primeiro farol elíptico produzido pela Arteb.

Faróis Elípticos

Totalmente projetados por meio de cálculos matemáticos através de CAD, são normalmente utilizados para faróis baixos.

Esses faróis são constituídas de um refletor elíptico e de um anteparo que bloqueia parte da luz deixando o restante dessa luz passar através de uma lente que faz a distribuição necessária para atender à norma.

Esse tipo de farol tem uma distribuição de luz mais homogênea e uma linda de corte mais nítida, além de ter dimensões reduzidas.

GDL Farol de Descarga a Gás

Nos faróis com lâmpadas de descarga a gás, a potência consumida é de apenas 35 W, esta descarga de gás fornece 2.5 vezes mais luz que a halógena convencional de 55 W, e o tempo de vida útil dessas lâmpadas é 3 vezes maior.

Os faróis inteligentes funcionam por navegação de satélite. O GPS “lê” o caminho versus velocidade do veículo e momentos antes de adentrar em uma curva, por exemplo, ele já faz com que o farol do veículo acompanhe a curva, iluminando-a por inteiro, bem como ao transitar em um cruzamento, os faróis começam a iluminar mais o chão, sem ofuscar o motorista que vem em sentido contrário.

Farol Xenon e Bi-Xenon

O sistema Xenon ainda oferece a melhor iluminação disponível em termos de qualidade e quantidade. Uma ótima distribuição de luz em todas as situações de direção é garantida pelos sistemas auxiliares requeridos por Lei.

As lâmpadas xenon consistem em uma descarga de gás que utiliza um arco elétrico ao invés de filamentos, como é o caso das lâmpadas halógenas. Este arco é aceso e depois mantido entre dois eletrodos precisamente localizados.

O sistema Bi-Xenon tusa uma fonte de luz Xenon para criar as duas luzes do farol, a do baixo e a do alto.

Especialmente  a distribuição é levada em consideração nas normas ECE. Nas áreas governadas pelas normas ECE, faróis baixos de xenon devem ser usados apenas em combinação com um sistema automático ou dinâmico de regulagem dos faróis e um sistema de limpeza.

Iluminação do Futuro

Um novo conceito de farol está surgindo. Trata-se de um farol composto por sete lâmpadas que funcionam individualmente. Sensores captam as variações do asfalto e regulam a iluminação. A intensidade e o raio de cobertura das luzes mudam de acordo com o lugar: na cidade, o farol é menos intenso e mais amplo, enquanto na estrada a luz tem um alcance maior (os faróis do futuro vão se adaptar até às curvas).

Em dois anos devem ser lançados os faróis a led, que consomem sete vezes menos energia e dispensam o uso de lâmpadas. Mais estreitos, eles podem ter a mesma cor da pintura do carro.

*este trecho foi reproduzido fielmente conforme material do CTA.

Diferença entre Super Branca, LED e Xenon.

Se você ficou interessado em conhecer mais sobre as diferenças, confira nosso material. Acesse o material da AutoNext no blog. Lá explicamos tosos detalhes e comparamos os três tipos de lâmpadas além das halógenas convencionais.

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