A bobina de ignição faz parte do sistema elétrico dos automóveis. Para explicar de forma um pouco técnica, quando a energia sai da bateria, é conduzida às bobinas e em seguida às velas de ignição. Portanto, as bobinas são responsáveis por enviar alta tensão às velas para gerar centelha e combustão da mistura ar e combustível com eficiência.

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O que é uma bobina de ignição?

A bobina de ignição é literalmente um fio bobinado (bobina) que acumula tensão para enviar às velas. Essas peças podem ter diversos formatos. Nos veículos mais antigos elas ficavam separadas do motor. Nos modelos mais modernos as bobinas estão conectadas com as velas e são encontradas no cabeçote.

As bobinas de ignição consistem em três partes; um circuito primário composto de várias voltas de enrolamentos primários, um circuito secundário com muitas voltas e um núcleo de ferro. À medida que a corrente passa pelo circuito primário, um grande campo magnético se forma em torno do núcleo, carregando a bobina.

No entanto, quando o fluxo de energia é interrompido, o campo magnético sofre uma queda repentina. E como essa energia tem que ir para algum lugar, ela induz uma onda de corrente na bobina secundária, multiplicando a tensão até que haja o suficiente para criar uma centelha de ignição.

Para entregar a energia necessária para a vela, a voltagem necessária da bobina de ignição pode variar entre 5.000 e 25.000 volts. Alguns sistemas podem precisar de até 40.000 volts. Segundo nossa fornecedora Delphi, isso “depende de vários fatores, como, por exemplo: largura da abertura do eletrodo da vela de ignição, a resistência elétrica na vela de ignição, a mistura ar-combustível, a temperatura da vela de ignição, a carga do motor, etc. Esta saída é determinada pela relação de enrolamentos secundários para primários – geralmente em torno de 80 para um – mas quanto maior a relação, maior a tensão potencial.”

Bobina de Ignição com problema

Como saber se a bobina de ignição está ruim e falhando? Para que o carro performe corretamente é essencial que tudo esteja em dia. As bobinas de ignição não são diferentes. Agora que você já sabe para que elas servem, fique atento. Se notar alguma anormalidade no seu carro com relação ao funcionamento do motor, as bobinas são candidatas. Mas como saber de cara, de onde pode surgir o problema, se você não é especialista?

O que pode causar problemas na bobina de ignição?

Assim como toda peça elétrica, a bobina sofre com desgaste de movimento, superaquecimento ou má instalação. Entre os defeitos mais comuns estão:

• Espaço entre bobina e vela maior que o necessário: o desgaste de movimento e fricção acidental entre as pontas cria um espaço entre as duas peças e acaba forçando a bobina a produzir mais tensão, e superaquecendo a peça;
• Velas ou fios danificados: componentes com defeito causam acúmulo de tensão na bobina, ocasionando curto-circuito e queima. Camadas sensíveis como o isolamento interno pode ser danificado com tensões acima de 35 mil volts. Com a queima da bobina, há a interrupção no funcionamento normal do motor com falhas de ignição e marchas lentas;
• Vibração do motor: não há como escapar dos solavancos das vias e da vibração do próprio motor, que para funcionar continua trepidando. Isso desgasta o isolamento da bobina e a conexão elétrica com a vela de ignição;
• Superaquecimento do motor: a temperatura no ambiente é muito importante para conservação da vela, que como vimos anteriormente, tem desgaste prematuro com temperaturas acima do normal;
• Umidade excessiva: a proximidade do cabeçote e dutos de água predispõe a bobina ao óleo e água. Quando essa sujeira entra em contato com a bobina e com a vela, pode haver dispersão de corrente e queima dos componentes, como num choque elétrico convencional, porém, em alta voltagem e com componentes delicados;

Como testar uma bobina de ignição com defeito

Se você está desconfiado que a bobina está com defeito, ela apresenta comportamento anormal, e quer saber se a bobina de ignição está ruim, siga as dicas dos sintomas de bobina de ignição com defeito. O teste de uma bobina deve ser feito com multímetro individualmente pelas partes que formam a bobina, conforme destacamos anteriormente. Com o equipamento em mãos, é hora de identificar os intervalos de cada parte da bobina e aferir a peça.

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1. Teste de resistência da bobina primária

Utilize o multímetro na escala de 200 Ohms. Encontre o enrolamento primário da bobina e faça a aferição. A resistência elétrica deve estar entre 0,2 e 1,0 Ohms.

2. Teste de resistência da bobina secundária

Utilize o multímetro na escala de 20 mil Ohms. Encontre o enrolamento secundário da bobina e faça a aferição. A resistência elétrica deve estar entre 4 mil e 16 mil Ohms.

3. Teste de alimentação

Altere o multímetro para voltímetro. Verifique se a tensão no enrolamento primário da bobina de ignição. O valor deve estar entre 12 e 14 volts.

Sintomas de bobina de ignição ruim e com defeito

Entre os principais sintomas de bobina de ignição com defeito estão: tiros no escapamento (pela queima irregular de combustível), falhas no motor ou paradas repentinas (pela falta de corrente para as velas de ignição) e luz acesa no painel (detecção de falha no sistema de ignição).

O que causa a queima da bobina de ignição

Quando uma bobina queima, a principal causa é o envelhecimento do material isolante. Quando a alta voltagem do sistema não pode ser transmitida suavemente, ocorrerá turbulência de corrente na bobina, fazendo com que a temperatura suba repentinamente e acelere o envelhecimento do material isolante. Portanto, é possível que a voltagem rompa a camada isolante, causando a queima da bobina de ignição e ocorrendo um curto-circuito.

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