Os famosos caminhões FNM, Fábrica Nacional de Motores, retomou sua produção. Após um hiato de 25 anos, a primeira linha de montagem de caminhões brasileira irá voltar. Contudo, o que espera a FNM de agora em diante é o futuro da mobilidade.
Um pouco da FNM…
Após uma longa história no Brasil, desde sua criação no Estado Novo, a empresa passou por diversas fases. A Fábrica Nacional de Motores fazia parte do plano de industrialização do Brasil, pensada por Getúlio Vargas. Contudo, a ideia de fabricar motores para aviões não vingou. Quando o primeiro avião saiu da linha, a II Guerra Mundial já havia acabado.
Com a deposição de Dutra, o Brasil desacelerou a industrialização. A FNM começou a fazer desde peças para máquinas industriais a eletrodomésticos. Dessa forma foi possível a empresa manter-se com a abertura de capital (1947) até a chegada da Isotta Fraschini, fabricante italiana que transformou a FNM na primeira fabricante de caminhões do Brasil.

No entanto, isso durou um breve período. Apenas 200 unidades foram produzidas antes do recebimento de peças ser interrompido. Por isso, a Alfa Romeo foi procurada. Em 1952, o cara-chata FNM D-9.500 foi apresentado ao público.
Pouco depois, a FNM surgiu com o D-11.000, seu modelo de maior sucesso. Além do uso das melhores tecnologias da época, o som inconfundível do motor 6 cilindros todo em alumínio chamava a atenção. A produção seguiu até 1972 com diversas carrocerias, inclusive durante o período de privatização em 1968, na época do regime militar.
Em 1972, portanto, o D-11.000 foi substituído pelo pesado FNM 180. Sua mecânica era praticamente a mesma, mas com cabine mais moderna. Da mesma forma, foi criado o FNM 210. No ano de 1977, a Alfa foi vendida à Fiat, que continuou a produção em Xerém por mais dois anos do FNM 180 e encerrou a produção.
O futuro dos caminhões FNM
Em 2008, a marca e logotipo da Fábrica Nacional de Motores cedeu seu FNM para a Fábrica Nacional de Mobilidade. Os novos proprietários são especializados em mobilidade e tem grandes planos para a marca. O projeto em parceria com a AMBEV já chama atenção.
Se você está surpreso com essa inovação, leia como algumas tecnologias surgem na mobilidade.
De acordo com a Reuters, a FNM – em parceria com a Agrale – fechou um contrato de venda de 1.000 caminhões elétricos para a Ambev, o gigante internacional de bebidas. Os caminhões devem começar a ser produzidos a partir do final de 2021, ou no início de 2022. Por esse motivo, várias empresas já realizaram encomendas expressivas dos modelos produzidos pela FNM elétricos, em parceria com a Agrale.

“As parcerias resultaram em um veículo com tecnologias de ponta que agora poderá ser exportado para outros países e outras empresas”, afirmou à Reuters Rodrigo Figueiredo, vice-presidente de sustentabilidade e suprimentos da Ambev.
Fonte: AutomotiveBusiness