O mundo automotivo sempre foi palco de histórias que unem força, resistência e sofisticação. De viaturas que marcaram época na Polícia Federal, passando por um sedã nacional que misturava conforto de carro de luxo com a robustez de um jipe, até chegar a uma ação ousada da Rolls-Royce para celebrar seu centenário, cada capítulo mostra como o carro vai muito além do transporte: ele é símbolo de poder, inovação e cultura.

As 5 viaturas mais icônicas da Polícia Federal

A Polícia Federal do Brasil sempre escolheu veículos robustos e preparados para desempenhar seu papel em operações críticas, desde aeroportos até fronteiras.

• O Mitsubishi Pajero Full se tornou marca registrada entre as viaturas modernas. Esse SUV foi feito para encarar qualquer terreno. Equipado com motores V6 3.8 ou 3.2 turbodiesel, tração 4×4, suspensão independente nas quatro rodas e chassi monobloco com rigidez torcional. Além disso, segue sendo lembrado mesmo após sair de linha em 2021.
• O Chevrolet Astra Sedan foi o sedã de escolha para serviços mais urbanos. Com motor 2.0 Família 2, forte, econômico e fácil de manter, foi o primeiro médio flex do Brasil. Seguiu no mercado até recentemente, quando deu lugar a modelos como Renault Megane, Ford Focus e, hoje, Toyota Corolla.
• Antes do Astra, a PF contava com o Chevrolet Opala. Com seu motor 4.1 de seis cilindros, desempenho e manutenção simples garantiram presença duradoura até os anos 1990.
• Já o Chevrolet Veraneio virou sinônimo de “camburão”. Derivado de picape, sem janelas na traseira, funcionava quase como uma gaiola móvel. Enfim, um clássico funcional.
• E em 2021, a PF colocou sob os holofotes um Lamborghini Gallardo LP560-5 apreendido. O superesportivo se tornou viatura educativa e publicitária, mas nunca foi usado em operações (e depois foi leiloado).

O pioneiro: Aero-Willys, o “Jeep de Fraque” dos anos 1960

Lançado em 1952 e consolidado como “brasileiro” em 25 de março de 1960, o Aero-Willys trouxe a carroceria monobloco inspirada em aviões e destacou-se por sua confiabilidade e simplicidade mecânica.

Com motor de seis cilindros em linha de 2,6 l (90 cv), câmbio de 3 marchas na coluna e suspensão dianteira independente, surpreendia sua época. Chegava a 128 km/h, com aceleração de 0 a 100 km/h em 17,8 s, e alcançava até 679 l no porta-malas. Durante décadas, provou ser resistente nas precárias estradas brasileiras.

Celebrando o Luxo: Rolls-Royce submerso na piscina

Para comemorar o centenário do Phantom (lançado em 1925), a Rolls-Royce recriou uma cena lendária: um Phantom parcialmente submerso em uma piscina pública de Plymouth. A plataforma especial manteve a água abaixo das maçanetas, evocando, assim, o folclórico episódio envolvendo o baterista Keith Moon no fim dos anos 1960.

Embora existam dúvidas até hoje se o carro original era um Chrysler, Lincoln Continental ou até mesmo de John Lennon, a imagem do Rolls na água se tornou ícone pop, aparecendo em capas de álbuns e programas como Top Gear. “Agora, a própria montadora usa o mito como ferramenta de marketing”, reforçando o legado do Phantom e sua ligação com a chamada “era monárquica”, já que se tornou carro oficial da Rainha Elizabeth II após sua coroação.