Olá, caros leitores! Nos últimos anos, os carros elétricos e híbridos têm ganhado protagonismo nas ruas do Brasil. No entanto, junto com a inovação, surgem questionamentos importantes, especialmente sobre a desvalorização desses modelos em comparação aos veículos a combustão.

• Modelos a combustão registraram uma depreciação média de -4,19%
• Híbridos apresentaram queda de -10,26%
• Elétricos sofreram a maior desvalorização, com -18,40%

Esses números colocam os elétricos no topo da desvalorização, o que ainda gera receio em muitos consumidores na hora da compra.

Por que os carros elétricos desvalorizam mais?

A princípio, pode parecer que os elétricos têm menor qualidade ou durabilidade, mas não é bem assim. Como explica Clemente Gauer, especialista em mobilidade, o que mais influencia a desvalorização é a falta de conhecimento do consumidor.

1. Falta de familiaridade

Muitos brasileiros ainda não estão habituados com os cuidados, manutenção e funcionamento dos carros elétricos. Isso gera insegurança e reduz o interesse no mercado de usados.

2. Infraestrutura ainda em evolução

Outro fator importante é a infraestrutura de recarga, que ainda está em desenvolvimento no Brasil. A ausência de pontos de carregamento em algumas regiões pode afetar a confiança do comprador.

3. Mitos sobre a durabilidade

Existe também o mito de que as baterias dos carros elétricos têm vida útil curta ou que o custo de manutenção é muito alto, o que nem sempre corresponde à realidade.

O futuro da eletromobilidade no mercado de usados

Apesar da desvalorização atual, o cenário tende a mudar. À medida que a tecnologia avança e os consumidores se tornam mais informados, é provável que os elétricos passem a ter valorização mais estável no mercado de seminovos.

Mais conhecimento, menos medo

Com o tempo, a familiaridade com a eletromobilidade deve crescer, reduzindo o medo e aumentando a confiança dos compradores. Isso pode levar a um equilíbrio na curva de depreciação entre os diferentes tipos de veículos.

Conclusão

Hoje, os carros elétricos ainda enfrentam obstáculos quando o assunto é valor de revenda. No entanto, esses desafios estão mais relacionados ao estágio atual do mercado do que à qualidade dos veículos. A desvalorização é temporária, e tende a diminuir conforme a sociedade se adapta às novas tecnologias.

Se você está pensando em investir em um elétrico, vale a pena considerar não só o valor de revenda, mas também os benefícios em economia, sustentabilidade e inovação. Afinal, o futuro já está em movimento. E cada vez mais silencioso.