AutoNews: Brasil no Pódio da Tragédia no Trânsito Mundial

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AutoNews: Brasil no Pódio da Tragédia no Trânsito Mundial

AutoNews: Brasil no Pódio da Tragédia no Trânsito Mundial

Por que o Maio Amarelo é mais urgente do que nunca

O Brasil amarga o terceiro lugar no ranking mundial de mortes no trânsito, com mais de 40 mil vidas perdidas por ano. Diante de números tão alarmantes, o movimento Maio Amarelo surge como um chamado à consciência e à mudança de atitude.

Acidentes são banalizados: onde está a indignação?

É impossível ignorar: a sociedade, o poder público e até a imprensa parecem ter normalizado essas tragédias. Para se ter uma ideia, enquanto a queda de um avião com 200 passageiros causa comoção nacional, os acidentes diários de trânsito – equivalentes a um avião caindo a cada dois dias – não recebem a mesma atenção.

Subnotificação escancara um problema ainda maior

Outro dado preocupante: as estatísticas oficiais contabilizam apenas os mortos no local do acidente, ignorando os que morrem depois, nos hospitais. Assim, a real dimensão da tragédia é ainda maior.

Ônibus, rodovias e o risco evitável

Infelizmente, acidentes com ônibus nas rodovias são frequentes – e, em muitos casos, poderiam ser evitados. Problemas como falhas mecânicas, pneus em más condições e o não uso do cinto de segurança colocam todos em risco.

Mesmo com a obrigatoriedade do uso do cinto em ônibus, poucos passageiros o utilizam. E, pior, muitos motoristas se calam por medo de vaias ou críticas dos passageiros.

“Estamos matando por pressa, distração ou irresponsabilidade”

José Aurélio Ramalho, presidente do Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), define bem a situação:

“Na guerra, mata-se por ódio ou ideologia. No trânsito, estamos matando por pressa, distração ou irresponsabilidade – e o mais trágico: estamos matando gente como nós, sem saber.”

Essa, segundo ele, é uma guerra que pode ser vencida com atitudes simples e imediatas.

De quem é a culpa? De todos nós.

Condutores: os principais responsáveis

A maioria dos acidentes acontece por causa de imprudência, cansaço, distração, embriaguez ou uso de drogas. São erros humanos que, infelizmente, custam vidas.

O poder público também falha – e muito

Ainda que os motoristas tenham grande responsabilidade, o governo não pode se eximir. Há três falhas estruturais graves:

1. Falta de inspeção veicular

Prevista no Código de Trânsito desde 1998, a inspeção veicular ainda não é cumprida de forma efetiva. Além disso, permite que veículos com sérios problemas mecânicos continuem circulando, colocando a vida de todos em risco.

2. Rodovias em mau estado

Buracos, sinalização precária e má conservação das vias não só provocam acidentes, mas também obrigam motoristas a fazerem manobras perigosas.

3. Fiscalização deficiente

A ausência de fiscalização rigorosa deixa espaço para veículos irregulares, ultrapassagens perigosas e abusos no trânsito.

Como mudar esse cenário?

A resposta é simples – mas exige compromisso:

  • Mude sua postura no trânsito;
  • Respeite os limites de velocidade;
  • Use o cinto de segurança, inclusive nos ônibus;
  • Apoie campanhas de conscientização como o Maio Amarelo;
  • Cobre ações do poder público.

Conclusão: atitudes salvam vidas

O trânsito brasileiro não precisa ser um campo de batalha. Com educação, fiscalização e consciência, é possível salvar milhares de vidas todos os anos. Portanto, que Maio Amarelo não seja apenas mais uma campanha, mas sim um marco de mudança para todos nós.